Qual o sentido da vida? Foi preciso o grito.
Qual o sentido da vida?
Se na infância não recebemos todo amor do qual mereceríamos de nossos pais.
Se eles mais trabalhavam do que davam atenção para nós?
Se nasci em uma família de muitas pessoas, mas sem alguém para brincar comigo, interagir ou mesmo que se importava com o que eu sentia.
Aliás, meus sentimentos só ganhava força em momentos que me punha a expressar-me, colocando para fora o que dentro de mim estava preso. Como se fosse um grito, isso, um grito que depois me proporcionava um grande alívio, mas um alívio momentâneo, não algo que poderia fazer aquela situação mudar de rumo, ser diferente.
Nunca tive o que realmente eu queria, o que me fazia falta. Queria atenção, queria sentir que verdadeiramente meus pais me amavam, queria saber que naquela família eu tinha valor, o meu lugar, o lugar onde eu poderia ser eu mesma, sem que fizesse algum deles passar vergonha ou que fosse necessário chamar minha atenção por algo que pudesse ter falado ou feito de "errado".
Eu queria ser eu mesma e, que gostassem de mim, assim, do meu jeito, sem que precisasse fingir ser outra pessoa, para quem sabe assim, pudesse ser o orgulho deles.Eu estava buscando o meu lugar, o lugar do qual eu pertencia, ao menos assim deveria ser, quando nasci e fui trazida para esse mundo.
Meus sentimentos? Não sei se um dia eles foram ouvidos, mas hoje? Hoje são, em forma de escritos, em forma de vídeos, de palestras e em toda forma de ajuda que posso gerar em valor na vida de outro ser humano.
É isso que dá sentido a minha vida, é isso que faz querer ser eu mesma todos os dias.Essa é parte de mim.
Meus pais, os amo incondicionalmente, e, depois de muitos anos de estudos e de trabalho na área do autoconhecimento, recebe-os em acolhida pelo que são, honrando-os e, em perdão, aceito-me. A eles segue, impreterivelmente, o meu carinho e admiração.
Caso fosse diferente, o grito poderia não ser sentido e, sim, escondido. Caminhemos.
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